quinta-feira, 1 de abril de 2010

44 anos do I Fesman

Há 44 anos em Dakar no Senegal sob o tema “Função e Importância da Arte Negra e Africana para os Povos e na Vida dos Povos”, o presidente Senghor abria oficialmente o I Festival de Artes Negras da história mundial com os seguintes objetivos fixados: contribuir à compreensão entre os povos, afirmar a contribuição dos artistas e escritores Negros ao pensamento universal, e permitir à todos os artistas negros de confrontar os resultados de suas pesquisas.

O FESMAN do ano 66, que durou até o dia 24 de abril, foi um verdadeiro trovão: o Festival tornava visíveis e palpáveis para o maior prazer do público e dos críticos bastante abertos para compreender a sua importância, os anos de reconquista da dignidade dos povos negros. E ele o fazia numa terra da África devolvida há pouco tempo aos africanos, numa explosão criativa reunindo as disciplinas e as gerações.

Que eles tenham sido a favor ou contra o conceito de Negritude num plano teórico, os artistas e intelectuais (como Césaire e Diop ) que participaram naquela edição do Festival cumpriram suas promessas artísticas. Onde então, se não fosse no FESMAN, poder-se-ia na época cruzar ao mesmo tempo a American Negro Dance Company com Arthur Mitchell e Alvin Ailey, os grandes capoeiristas da Bahia como Mestre Pastrinha e O Conjunto Nacional de Ballets do Senegal? Em que lugar o público teria podido escutar de uma só vez os grandes Duke Ellington e Marion Williams, as duas principiantes que eram na época Julie Akofa Akoussah e Bella Bellow, e uma rainha do Samba como Clementina de Jesus? Em que circunstâncias os membros de um júri literário internacional chamados Aimé Césaire e Langston Hughes teriam podido premiar os trintenários Tchicaya U’Tamsi (para Epitome) Wole Soyinka (paraThe Road) e o autor de um primeiro livro editado no ano anterior, sob o título No Easy Walk to Freedom, um tal Nelson Mandela?


Vídeo protegido legalmente com tutela para o Senhor William Greaves.
Todos os direitos reservados William Greaves Productions.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

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