terça-feira, 31 de maio de 2011

Ogum faz instrumentos agrícolas para Oxaguiã

Oxaguiã, rei de Ejigbô, o Elegjibô,
chamado “Orixá-Comedor-de-Inhame-Pilado”,
inventou o pilão para saborear mais facilmente
seus prediletos inhames.
Todo o povo de seu reino adotou sua preferência.
Todo o povo de Ejigbô comia inhame pilado.
E tanto se comia inhame em Ejigbô
Que já não se dava conta de plantá-lo.
E assim, grande fome se abateu sobre o povo de Oxalá.

Oxaguiã foi consultar Exu,
que o mandou fazer sacrifícios
e procurar o ferreiro Ogum,
que naquele tempo vivia nas terras de Ijexá.
O que podia fazer Ogum
para que o povo de Ejigbô tivesse mais inhame?,
consultou Oxaguiã.
Ogum pediu sacrifícios e logo deu a solução.
Em sua forja, Ogum fez ferramentas de ferro.
Fez a enxada e o enxadão, a foice a pá,
fez o ancinho, o rastelo, o arado.
“Leve isso ao seu povo, Elejigbô,
e o trabalho na plantação vai ser mais fácil.
Vão colher muitos inhames,
mais do que agora quando plantam com as mãos”, disse Ogum.
E assim foi feito e nunca se plantou tanto inhame
e nunca se colheu tanto inhame.
E a fome acabou.

O povo de Ejigbô, agradecido, cultuou Ogum
e ofereceu a ele banquetes de inhames e cachorros,
Caracóis, feijão-preto regado com azeite-de-dendê e cebolas.
Ogum disse a Oxaguiã:
“Na casa de seu pai todos se vestem de branco,
por isso assim também me visto para receber as oferendas”.
E o povo o louvava
e Ogum ficou feliz.
E o povo cantava:
“A kaja lónì Ògunja mojuba”.
“Hoje fazemos sacrifício de cachorros a Ogum,
Ogunjá, Ogum que come cachorro, nós te saudamos”.
Oxaguiã disse a Ogum:
“Meu povo nunca há de se esquecer de sua dádiva.
Dê-me um laço de seu abada azul, Ogum,
para eu usar no meu axó funfum, minha roupa branca.
Vamos sempre nos lembrar de Ogunjá”.
E, do reino de Ejigbô
até as terras de Ijexá,
todos cantaram e dançaram.


[Notas Bibliográficas e Comentários]

Transcrito do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi, publicado pela Cia das Letras, págs 91-92. Originalmente retirado de Reginaldo Prandi, pesquisa de campo, Salvador, 1994. O mito dá razões para o uso de roupa branca por Ogunjá, qualidade de Ogum, e para o uso de algum pedaço de azul na roupa branca de Oxaguiã. Para Mestre Didi, Deoscóredes Maximiliano dos Santos, Oxaguiã é um Oxalá com um pouquinho de azul e Ogunjá é um Oxalá com bastante azeite-de-dendê.

Axó [asò] – Roupa.

Funfum [funfun] – Branco.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Omulu cura todos da peste e é chamado Obaluaê


Quando Omulu era um menino de uns doze anos,
saiu de casa e foi para o mundo para fazer vida.
De cidade em cidade, de vila em vila,
ele ia oferecendo seus serviços,
procurando emprego.
Mas Omulu não conseguia nada.
Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava.
E ele teve que pedir esmola,
mas ao menino ninguém dava nada,
nem do que comer, nem do que beber.
Tinha um cachorro que o acompanhava e só.
Omulu e seu cachorro retiraram-se no mato
e foram viver com as cobras.
Omulu comia o que a mata dava:
frutas, folhas, raízes.
Mas os espinho da floresta feriam o menino.
As picadas de mosquito cobriam-lhe o corpo.
Omulu ficou coberto de chagas.
Só o cachorro confortava Omulu,
lambendo-lhe as feridas.
Um dia, quando dormia, Omulu escutou uma voz:
“estás pronto. Levanta e vai cuidar do povo”.
Omulu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas.
Não tinha dores nem febre.
Obaluaê juntou as cabacinhas, os atós,
onde guardava água e remédios
que aprendera a usar com a floresta,
agradeceu a Olorum e partiu.

Naquele tempo uma peste infestava a Terra.
Por todo lado estava morrendo gente.
Todas as aldeias enterravam os seus mortos.
Os pais de Omulu foram ao babalaô
e ele disse que Omulu estava vivo
e que ele traria a cura para a peste.
Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omulu.
Todos esperavam-no com festa, pois ele curava.
Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber
agora imploravam por sua cura.
Ele curava todos, afastava a peste.
Então dizia que se protegessem,
levando na mão uma folha de dracena, o peregum,
e pintando a cabeça com efum, ossum e uági,
os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos.
Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa,
para que a praga não pegasse outras pessoas da família.
Limpava casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro,
seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará.

Quando chegou em casa, Omulu curou os pais
e todos estavam felizes.
Todos cantavam e louvavam o curandeiro
e todos o chamaram Obaluaê,
todos davam vivas ao Senhor da Terra, Obaluaê.


 
[Notas Bibliográficas e Comentários]

Transcrito do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi publicado pela Cia das Letras, págs 204-06. Originalmente retirado de Deoscóredes Maximiliano dos Santos, 1976, pp. 22-4. Nas cerimônias em que um novo iaô é apresentado á comunidade do candomblé, em uma de suas saídas no barracão, ele dança com a cabeça raspada e pintada de efum, ossum e uági, levando em cada mão uma folha de peregum. Fragmentos em Donald Pierson, 1971, pp. 333-4.

Ató [ató] – pequena cabaça usada para guardar remédios, símbolo de Ossaim e Omulu, orixás ligados à cura.
Efum [efun] – giz, pó branco.
Ossum [osun] – pó vermelho usado para pintar o corpo em certas cerimônias; giz.
Uági [wáji] – pó azul para pintar o corpo em certas cerimônias.
Peregum [pèrègùn] – a planta dracena (Dracaena fragrans, Agavaceae).
Xaxará [sàsàra] – vassoura-cetro de Omulu.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

sábado, 28 de maio de 2011

Yaônilé em Imagens # 7 - V Semana Sergipana de Dança

E pra quem não pode presenciar a apresentação do Yaônilé na V Semana Sergipana de Dança, um slide com fotos do que apresentamos por lá! As fotos estão disponíveis em nosso OrkutFacebook. Aproveite e curta a nossa Página!


Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

Exu põe fogo na casa e vira rei

Um dia mandaram Exu preparar um ebó
para conseguir fazer fortuna bem depressa.
Exu, depois de ter feito o ebó,
foi pra cidade de Ijebu.
Em vez de se hospedar no palácio do chefe local,
como pedia a tradição,
Exu ficou na casa de um homem de importante posição oficial.
De madrugada, quando todos dormiam,
Exu levantou-se devagarinho e fingiu que ia urinar no quintal.
Lá fora, Exu pôs fogo nas palhas que cobriam a casa.
Enquanto o telhado pegava fogo,
Exu gritava como louco, se fazendo de inocente.
Gritava que estava perdendo grande fortuna no incêndio.
Fortuna que havia guardado dentro de uma talha
que entregara à guarda do dono da casa.
Para os muitos curiosos que chegavam atraídos pelo sinistro
e
le repetia sem cessar a sua história.

Rapidamente tudo se queimou,
da casa só sobrando cinzas.
E assim, com toda a confusão que houve,
até o chefe da aldeia correu para o local.
Exu continuava clamando por causa do dano do incêndio.
Como se tratava de um prejuízo a um estrangeiro,
o chefe local resolveu pagar o suposto valor que Exu perdera.
Mas não havia na aldeia dinheiro suficiente
e então, para compensá-lo das perdas,
o rei, em detrimento de si mesmo, proclamou Exu rei dali em diante.
Assim exu foi feito o dono de Ijebu
e todos tornaram-se seus súditos.

 


[Notas Bibliográficas e Comentários]

Transcrito do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi publicado pela Cia das Letras, pág 47. Originalmente retirado de Agenor Miranda Rocha, 1928, p.2 [1999, pp. 35-6]; Pierre Verger, 1957, p. 113 [1999, p.126]; Deoscóredes Maximiliano dos Santos, 1963, pp. 107-8; D. M. dos Santos, 1981; Willfried Freuser e Mariano Carneiro da Cunha, 1982, pp. 4-5; Júlio Braga, 1988, p. 175; Braga, 1989, p.17.


Ebó - Sacríficio, oferenda, despacho.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

Pai Agenor, um homem de fé, sabedoria e força


Chamado de 'O Senhor do Futuro' em artigo da Academia Brasileira de Letras, Agenor Miranda Rocha foi (e continua sendo) uma lenda vida do candomblé no Brasil.

Pai Agenor, como ficou conhecido, nasceu em Luanda – Angola, em 08 de Setembro de 1907. Trazido muito pequeno para o Brasil, foi em Salvador que o jogo de búzios de Mãe Aninha lhe devolveu a vida quando os médicos disseram que ela lhe abandonaria. A extrema dedicação ao candomblé, que sempre permeou a vida de Pai Agenor, fez com que ele se tornasse uma das mais respeitadas personalidades religiosas por todas as lideranças de tradicionais terreiros do Brasil. Foi através dos seus búzios que decidiu-se a sucessão de importantes terreiros: Mãe Senhora e Mãe Menininha do Gantois; Mãe Oké e Mãe Tatá, na Casa Branca do Engenho Velho; Mãe Stella de Oxóssi, no Ilê Axé Opô Afonjá; Mãe Índia, no Terreiro do Bogun (o último grande jogo de sucessão antes de seu falecimento).

Filho de um diplomata com uma cantora lírica, foi professor catedrático, poeta, musicista e cantor lírico seguindo os passos da mãe. Um Vento Sagrado, expressão usada por Agenor Miranda para definir os Orixás, tornou-se também o tema de um documentário (Brasil, 2001, 93min) do diretor Walter Lima com participação de atores como Alessandra Negrini, Ingrid Guimarães e Camila Amado, além da narração de Othon Bastos sobre a vida de Pai Agenor, mostrando inclusive, sua recepção em Roma, pelo Papa. Também tornou-se título de uma biografia escrita por Muniz Sodré e Luiz Filipe de Lima com impressão pela Editora Mauad.

Pai Agenor morreu em 1994, 92 anos após ter sido salvo pelo axé dos orixás. Como bem disse Mãe Menininha do Gantois, "Quem não conhece Agenor, não conhece candomblé".


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terça-feira, 24 de maio de 2011

[LUTO] Abdias do Nascimento


Abdias Nascimento nasceu em 14 de março de 1914 em Franca, São Paulo. Filho de uma doceira e um sapateiro, desde cedo, já lutava por seus objetivos e ideais. Aprendeu com sua mãe a não deixar uma ofensa racial sem resposta. Adolescente, foi para São Paulo e logo engajou-se em movimentos afros, sendo um dos fundadores, aos 17 anos, do mais histórico deles, a Frente Negra Brasileira.

Graduou-se em Economia pela Universidade do Rio de Janeiro em 1938, onde, em 1944, fundou o Teatro Experimental do Negro, entidade que rompeu a barreira racial no teatro brasileiro. Estava preocupado com a exclusão nos palcos brasileiros. Numa viagem com amigos poetas, ficou chocado ao ver um ator branco pintado de preto, interpretando um personagem negro. Como ator, encenhou "Othelo", "Sortilégio", "Perdoa-me por me traires", dentre outras.

Organizou a Convenção Nacional de Negro em São Paulo e Rio de Janeiro em 1945, 1946, respectivamente, e o 1º Congresso do Negro Brasileiro no Rio de Janeiro em 1950. Entre 1949 e 1951, publicou o Jornal Quilombo.

Recebeu diploma pós-universitário pelo Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) em 1957. Dez anos depois, concluiu a pós-graduação em Estudos do Mar pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Em 1968, no mesmo ano em que fundou o Museu de Arte Negra no Rio de Janeiro, partiu para o exílio nos Estados Unidos, onde atuou como professor universitário. Foi lá que ele começou a se dedicar à pintura.

Participou em vários eventos internacionais do mundo africano e do 2º Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas em 1977. Em 1980, voltou ao Brasil e contribui para a fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Um ano mais tarde, foi escolhido vice-presidente e fundou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros. Como deputado federal entre 1983 e 1986, apresentou projeto de lei que previa a criação de cotas de 20% para negros na seleção de candidatos ao serviço público. A matéria porém jamais chegou a ser apreciada.

Entre 1991 e 1994, assumiu o cargo de secretário Extraordinário de Estado de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (Seafro) do Rio de Janeiro. Foi eleito, também em 1991, senador da República e ocupou o cargo de secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania do Rio de Janeiro em 1999.

Entre os títulos já concedidos ele por universidades estão o de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1993, e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2000. Além disso, foi reconhecido pela Presidência da República, em 2004, aos 90 anos, como maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo.

Morreu na noite desta segunda feira, 23, aos 97 anos, vítima de diabetes.

Reproduzimos o Programa Espelho, apresentado pelo ator Lázaro Ramos, na ocasião dos 95 anos de Abdias Nascimento. Vá em paz, nobre guerreiro.
Informações sobre Abdias - FGV - Site próprio - Dramaturgia Brasileira

                      


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segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Como é bom poder ser ‘livre’" - Por Raoni Pinheiro

"A semana passada foi daquelas. Clima tenso no trabalho; cliente solicitando alterações no resultado de meses de dedicação, que ele mesmo acompanhou e aprovou, cuja repercursão em todas as partes faz qualquer linha a ser movida parecer uma nova ponte a ser construída; projetos extra-escritório que fizeram o trabalho se prolongar, agora em casa, até a madrugada de alguns dias seguintes, que ainda assim mantinham as mesmas vinte e quatro insuficientes horas.
Mesmo o débito crescente com o sono – acumulado desde semanas anteriores entremeadas por fins-de-semanas inteiros de aula –, não me impediu de visitar alguns ensaios do Yaônilé, em preparação para a apresentação na Semana Sergipana de Dança. Confesso que, em princípio, ir aos ensaios foi como desempenhar mais uma tarefa em um dia já cheio, tive até um pouco de raiva em existirem. Era um mistério como aquelas pessoas, que também trabalham e estudam, muitas vezes em rotinas ainda mais árduas que a minha, se propunham a dedicar mais energia para duas, três horas agitando seus corpos tão energicamente em ágeis movimentos que acompanhavam sons outrora tão enigmáticos, e até menosprezados, apesar de sempre presentes. Contive-me na resignação do meu cansaço.

No segundo ensaio que presenciei, Danilo insistentemente e, ainda, pacientemente, esforçava-se em fazê-los acertar a dança para Logum-Edé, e mesmo em meio a braços e pernas e corpos pululantes, algumas vezes oscilantes, outras errantes; caras menos empenhadas em divertir-se que a tirar melhor proveito do tempo; todos estavam ali, juntos e unidos, apesar de todas as adversidades, em um só objetivo. Empenhados também, por sua vez, em facilitar a assimilação, em absorver as instruções sem grandes objeções, todos desejavam uma coisa só: fazer o melhor.

Eu estava com eles. Eu não dançava, eu não chamava a atenção de algum menos atento para que fizesse certo, eu nem distinguia o que era, ou não, certo. Apenas perscrutava-os com o olhar, tentando absorver a particularidade, o sentido e a beleza de cada movimento e a magnitude de todos os movimentos juntos. Foi também o que fiz durante os breves 15 minutos de sexta-feira passada no foyer do Teatro Tobias Barreto. Mas agora qualquer esforço se fazia desnecessário, eu já não continha o que me tomava, minhas mãos e pernas tremiam, meu corpo quase levitava, uma nova eternidade se descortinava cintilante diante de meus olhos e dançante por dentro de minh’alma.

Como é bom poder ser ‘livre’.
Obrigado, Yaônilé."

Raoni Pinheiro é arquiteto, nascido em Brasília e domiciliado em Aracaju. Eterno curioso das possibilidades do estético, nutre-se delas para trabalhar em seus projetos. Idealista, é o filho do meio de Dona Cida e seu Antônio Saracura



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domingo, 22 de maio de 2011

Yaônilé brilha na V Semana Sergipana de Dança!

As manifestações culturais afrobrasileiras tem um sabor único. Tem o cheiro da África em solo brasileiro, a face brasileira de um diamante africano. As danças dos orixás, sutis ou bravos em sua essência, conduzem o pensamento a um outro nível de realidade onde o som dos atabaques ditam o movimento, agogô e xequerê cadenciam os passos.

Depois de muita expectativa, nesta última sexta, 20, o Yaônilé esteve no foyer do Teatro Tobias Barreto para transpor as barreiras da contemporaneidade e apresentar este cenário de magia e mistério presente na religiosidade afrobrasileira. E o fez com louvor!

Os calorosos aplausos recebidos comprovam que estamos no caminho certo. E nessa trajetória, nenhum obstáculo será intransponível para quem conta, acima de tudo, com a benção de Deus e o axé dos orixás!

Uma pitada do que rolou por lá você confere nas fotos abaixo, feitas pela fotógrafa Fabiana Costa da SECULT:






Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
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