Abdias Nascimento nasceu em 14 de março de 1914 em Franca, São Paulo. Filho de uma doceira e um sapateiro, desde cedo, já lutava por seus objetivos e ideais. Aprendeu com sua mãe a não deixar uma ofensa racial sem resposta. Adolescente, foi para São Paulo e logo engajou-se em movimentos afros, sendo um dos fundadores, aos 17 anos, do mais histórico deles, a Frente Negra Brasileira.
Graduou-se em Economia pela Universidade do Rio de Janeiro em 1938, onde, em 1944, fundou o Teatro Experimental do Negro, entidade que rompeu a barreira racial no teatro brasileiro. Estava preocupado com a exclusão nos palcos brasileiros. Numa viagem com amigos poetas, ficou chocado ao ver um ator branco pintado de preto, interpretando um personagem negro. Como ator, encenhou "Othelo", "Sortilégio", "Perdoa-me por me traires", dentre outras.
Organizou a Convenção Nacional de Negro em São Paulo e Rio de Janeiro em 1945, 1946, respectivamente, e o 1º Congresso do Negro Brasileiro no Rio de Janeiro em 1950. Entre 1949 e 1951, publicou o Jornal Quilombo.
Recebeu diploma pós-universitário pelo Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) em 1957. Dez anos depois, concluiu a pós-graduação em Estudos do Mar pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Em 1968, no mesmo ano em que fundou o Museu de Arte Negra no Rio de Janeiro, partiu para o exílio nos Estados Unidos, onde atuou como professor universitário. Foi lá que ele começou a se dedicar à pintura.
Participou em vários eventos internacionais do mundo africano e do 2º Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas em 1977. Em 1980, voltou ao Brasil e contribui para a fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Um ano mais tarde, foi escolhido vice-presidente e fundou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros. Como deputado federal entre 1983 e 1986, apresentou projeto de lei que previa a criação de cotas de 20% para negros na seleção de candidatos ao serviço público. A matéria porém jamais chegou a ser apreciada.
Entre 1991 e 1994, assumiu o cargo de secretário Extraordinário de Estado de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (Seafro) do Rio de Janeiro. Foi eleito, também em 1991, senador da República e ocupou o cargo de secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania do Rio de Janeiro em 1999.
Entre os títulos já concedidos ele por universidades estão o de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1993, e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2000. Além disso, foi reconhecido pela Presidência da República, em 2004, aos 90 anos, como maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo.
Graduou-se em Economia pela Universidade do Rio de Janeiro em 1938, onde, em 1944, fundou o Teatro Experimental do Negro, entidade que rompeu a barreira racial no teatro brasileiro. Estava preocupado com a exclusão nos palcos brasileiros. Numa viagem com amigos poetas, ficou chocado ao ver um ator branco pintado de preto, interpretando um personagem negro. Como ator, encenhou "Othelo", "Sortilégio", "Perdoa-me por me traires", dentre outras.
Organizou a Convenção Nacional de Negro em São Paulo e Rio de Janeiro em 1945, 1946, respectivamente, e o 1º Congresso do Negro Brasileiro no Rio de Janeiro em 1950. Entre 1949 e 1951, publicou o Jornal Quilombo.
Recebeu diploma pós-universitário pelo Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) em 1957. Dez anos depois, concluiu a pós-graduação em Estudos do Mar pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Em 1968, no mesmo ano em que fundou o Museu de Arte Negra no Rio de Janeiro, partiu para o exílio nos Estados Unidos, onde atuou como professor universitário. Foi lá que ele começou a se dedicar à pintura.
Participou em vários eventos internacionais do mundo africano e do 2º Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas em 1977. Em 1980, voltou ao Brasil e contribui para a fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Um ano mais tarde, foi escolhido vice-presidente e fundou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros. Como deputado federal entre 1983 e 1986, apresentou projeto de lei que previa a criação de cotas de 20% para negros na seleção de candidatos ao serviço público. A matéria porém jamais chegou a ser apreciada.
Entre 1991 e 1994, assumiu o cargo de secretário Extraordinário de Estado de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (Seafro) do Rio de Janeiro. Foi eleito, também em 1991, senador da República e ocupou o cargo de secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania do Rio de Janeiro em 1999.
Entre os títulos já concedidos ele por universidades estão o de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1993, e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2000. Além disso, foi reconhecido pela Presidência da República, em 2004, aos 90 anos, como maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo.
Morreu na noite desta segunda feira, 23, aos 97 anos, vítima de diabetes.
Reproduzimos o Programa Espelho, apresentado pelo ator Lázaro Ramos, na ocasião dos 95 anos de Abdias Nascimento. Vá em paz, nobre guerreiro.
Informações sobre Abdias - FGV - Site próprio - Dramaturgia Brasileira
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!
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