terça-feira, 9 de novembro de 2010

Parabéns, Bells!

Pensar em amor é algo que todo mundo faz.  Mas poucos morrem tendo conhecido a real dimensão do que é amar. Há quem cultive amor nas diversas fases da vida trazendo-o da infância à velhice. Há o amor platônico, o amor que inspira a arte, arte feita de amor. Há quem viva dele, quem beba de suas águas, quem se encante em devaneios por ele provocados e também quem o use como mero acessório. Existem amores de todos os tipos: comercializados, fingidos, interesseiros, dissimulados e o mais raro deles – o amor verdadeiro. E é impossível não falar deste quando se tem a oportunidade de conhecer você, Bells.

Talvez seja esta uma carta de amor rídicula como bem descreveu Fernando Pessoa, mas, como ele mesmo disse, rídiculo é não amar. Rídiculo é não amar você. Senhoras e senhoras, perdoem o tom piegas, mas lhes asseguro que piegas mesmo é sentimento sem verdade. De quem falo aqui não esperem isso pois tenho nela uma âncora de doçura, carinho, força e, sem medo de parecer redundante, uma âncora da verdade. Quem duvida que tenha coragem de lhe olhar nos olhos.

Não quero beatificar Izabelle porque de santa não há nada nela. Mas isso não a isenta de pureza. Bem, ser puro é coisa pra santo então esqueçam isso também. Conjeturas à parte, estamos falando de um ser humano como nós, dotado de erros e acertos, forças e fraquezas, sorrisos e lágrimas. Alguém tão antagonicamente complexo quanto a cada um de nós é permitido o ser, em maior ou menor grau, seres feitos da mesma matéria rarefeita que deixaremos aqui quando dissermos adeus.

Ela é nossa mais doce Oxum, banhada a alfazema e dengo, simplicidade e nobreza. Traz o axé de ser filha de uma Yabá rainha e talvez por isso seu sorriso me lembre a grandeza de uma lua cheia. As lágrimas que brotam como inequívoco atestado de sensibilidade e o amor, que a despeito de suas tentativas, não satisfaz a todos. Seu futuro é promissor, mas saiba que nem tudo será fácil. A felicidade só vem pra quem enfrenta a vida, para aqueles que se machucam, que dão a cara à tapa e, confrontando seu próprio eu, conseguem ser mais fortes.

Você enfrentará noites vorazes, caminhos difíceis, vastos vagos de solidão porque ela também é necessária. Num entardecer na praia, quando a fumaça dos motores do cotidiano atroz que desfazem nossas forças cegarem seus olhos, você vai chorar. Dosando equilíbrio, insanidade e delírios a estrada vai parecer mais longa, o percurso mais penoso e seus pés cansados suplicarão repouso. A gaiola do dia-a-dia limitará suas asas de beija-flor e a plenitude de voar lhe parecerá fantasia. Será a hora de mostrar ao futuro as marcas que você traz do passado. Abrir suas asas e, transpondo qualquer barreira, alçar voo rumo ao que te completa – planar sobre o infinto. Segue tua vida, Bells, com a fé de uma andorinha contente que não tem medo do perigo. E leve sempre a certeza de quando precisar, nós estaremos contigo.

Parabéns!
Família Yaônilé.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

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