Em Ijebu viveu um grande caçador chamado Erinlé.
Ele era generoso e imbatível na caça.
Por isso era admirado pela maioria da população.
Mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé
e que conspiravam para arruinar o caçador,
famoso pela caça de elefantes e de outros animais.
Decidiram roubar cabras e ovelhas do rei e culpar Erinlé.
O rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo.
Os conspiradores foram até o rei fazer a acusação.
Disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas,
escondia as peles em casa e dizia
Ele era generoso e imbatível na caça.
Por isso era admirado pela maioria da população.
Mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé
e que conspiravam para arruinar o caçador,
famoso pela caça de elefantes e de outros animais.
Decidiram roubar cabras e ovelhas do rei e culpar Erinlé.
O rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo.
Os conspiradores foram até o rei fazer a acusação.
Disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas,
escondia as peles em casa e dizia
que as carnes eram de animais selvagens.
O rei intimou Erinlé.
Houve um julgamento.
Os inimigos de Erinlé testemunharam contra ele.
O rei quis ouvir a defesa de Erinlé.
Houve testemunhos a favor dele.
Diante do impasse, o rei ponderou que Erinlé
Houve um julgamento.
Os inimigos de Erinlé testemunharam contra ele.
O rei quis ouvir a defesa de Erinlé.
Houve testemunhos a favor dele.
Diante do impasse, o rei ponderou que Erinlé
parecia ser de fato um grande caçador,
mas teria que provar sua inocência.
Erinlé disse:
“Minha caça falará por mim.
Minha caça será minha testemunha”.
Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei.
Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado.
presas de elefantes e de javalis,
peles de gamos, veados e antílopes.
Então o réu reconheceu a inocência de Erinlé
e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto.
Erinlé foi para casa, inocentado porém triste.
Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera.
Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem desgraçá-lo.
Não quis mais caçar nem comer com os seus.
Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo
com a sua chibata de cavaleiro, seu bilala.
Imaginava que seria acusado novamente
caso acontecesse outro roubo de animais.
Erinlé perdera completamente a vontade de caçar.
Então entrou na água de um rio próximo
e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto.
E se tornou o orixá do rio.
Erinlé agora é o rio.
O rio Erinlé é Erinlé,
o orixá caçador que já não caça.
mas teria que provar sua inocência.
Erinlé disse:
“Minha caça falará por mim.
Minha caça será minha testemunha”.
Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei.
Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado.
presas de elefantes e de javalis,
peles de gamos, veados e antílopes.
Então o réu reconheceu a inocência de Erinlé
e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto.
Erinlé foi para casa, inocentado porém triste.
Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera.
Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem desgraçá-lo.
Não quis mais caçar nem comer com os seus.
Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo
com a sua chibata de cavaleiro, seu bilala.
Imaginava que seria acusado novamente
caso acontecesse outro roubo de animais.
Erinlé perdera completamente a vontade de caçar.
Então entrou na água de um rio próximo
e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto.
E se tornou o orixá do rio.
Erinlé agora é o rio.
O rio Erinlé é Erinlé,
o orixá caçador que já não caça.
[Notas Bibliográficas e Comentários]
Transcrito do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi, publicado pela Cia das Letras, págs 131-2. Originalmente encontrado em Harold Courlandes, 1973, pp. 163-5.
Bilala [bílàlá] – chibata usada por Otim e Oxóssi.
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!