Trabalhar com a dança dos Orixás é uma grande responsabilidade por dois motivos: a representação de uma força que existe, se movimenta e se manifesta e, alheio a isso, a possibilidade de errar e desrespeitar a entidade.
O que se vê hoje em dia é uma banalização das danças sagradas transformando-as em atos banais, espetáculos de desonra a séculos de tradições das roças e abaças de candomblé.
O Yaônilé, como um grupo cultural, não esquece de acercar-se de pessoas que conhecem a fundo a religião para acompanhar o trabalho realizado, corrigindo os erros, admoestando, ratificando os acertos.
Entendemos que trabalhar com uma cultura religiosa é refinar o plausível dos cultos, humanizando divindades para transcender à própria manifestação. Ignorar tais procedimentos, criando coreografias que não são fiéis às danças sagradas apenas para "fazer bonito" é descredibilizar a própria religião e que não se use a desculpa do não saber. Para fazer é necessário conhecer e conhecimento requer tempo e pesquisa. O homem que se isenta de suas responsabilidades se torna mais rude e grosseiro, além de negligente com a sua própria história.
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!