Antes de se tornar rei de Oió,
Xangô foi consultar o Oráculo.
O advinho lhe disse que fizesse um sacríficio.
Que oferecesse búzios, dois galos, duas galinhas e dois pombos.
Xangô Afonjá devia oferecer também a roupa que estava usando
e dar alguma coisa para seus parentes e amigos.
Ele assim o fez e todos se reuniram
para comer e beber do sacríficio.
Todos se fartaram e cantaram.
Então se perguntou:
"Quem escolheremos para ser o nosso rei?".
"Que tal o homem em cuja casa comemos e bebemos?",
alguém propôs.
"Quem, senão Afonjá?
Só pode ser Afonjá!",
aclamou a multidão em coro.
"Quem mais pode ser feito rei?"
"Só temos Afonjá!",
alguém propôs.
"Que seja Afonjá",
aclamou a multidão em coro.
E escolheram Afonjá e o fizeram rei de Oió.
E Xangô reinou em Oió.
[Notas Bibliográficas e Comentários]
Transcrito do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi publicado pela Cia das Letras, Pág 244. Originalmente retirado de William Bascom, 1980, pp. 737-9.
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!
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