Há mais de 1 ano, quando resolvemos instituir um trabalho inovador na área de dança afro em Sergipe, não imaginávamos que teríamos um retorno tão positivo de público, crítica especializada e profissionais da área. Nascemos com o intuito de propagar a arte afro e negra brasileira por que nós a amamos em primeiro lugar. O trabalho é desgastante, é corrido, mas, a despeito de qualquer infortúnio físico, é imensamente prazeroso.
Amparados pelo peso da responsabilidade, pautamos nossa rotina de ensaios e apresentações no mesmo contrapasso das coreografias – um movimento que precisa de continuidade. Desafiamos as regras do possível nos atendo sempre ao que deveria ser feito não importando a inviabilidade técnica/física/financeira. Ser Yaônilé é romper limites. Isso a gente aprendeu desde cedo.
Aprendemos também que quem critica merece ser ouvido desde que tenha gabarito para falar. E que a boa crítica é a crítica que edifica. Estamos firmados em um propósito maior e avançamos para o ainda mais. Nossa luta contra o preconceito e a intolerância religiosa não irá parar enquanto ainda tivermos caminhos para prosseguir. E, ainda assim, descobriremos uma forma de abrir outros e tocar diretamente o coração das pessoas.
Em um ano o Yaônilé construiu o figurino mais caro de um grupo indepentende no estado. Foram gastos mais de R$12.500,00 em tecidos, mão-de-obra especializada, elementos cênicos e artigos de armarinho. Temos a média de 1h de ensaio por dia durante 2010 e o resultado de tudo isso pode ser visto nas 17 apresentações que realizamos durante o ano e as já confirmadas para janeiro de 2011.
Trabalho sério se faz assim com garra, determinação e, principalmente, gratidão. Queremos agradecer todo o apoio, o incentivo, as críticas e sugestões, a participação, os emails, enfim. Somos gratos a todos vocês que, em 2010 e por muito tempo, consagraram o Yaônilé como O Balé Afro de Sergipe.
Que venham os novos tempos! Feliz Ano Novo!
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!