domingo, 17 de outubro de 2010

Jauperi tá chegando por aqui!


Todo mundo deveria ouvir o Jau. Uma voz inconfundível, um talento, um axé. Jau me inspira profundamente e de maneira arrebatadora. Paixão mesmo, é fato! Quando vi esse banner no Twitter, corri pra cá pra compartilhar com vocês. Ele vai estar aqui em Aracaju!


A voz de Jau tem cor. É preta e vem do Olodum, da Bahia, da África, do Mundo. A voz de Jau tem sabor, é doce como a cana-de-açúcar, flambada na cachaça pura dos engenhos do nordeste. A voz de Jau tem luz, uma luz profana e sagrada, abençoada por Deus e respeitada por todos que fazem da música, sua profissão. Uma voz que chega, para no ar, invade as ruas, ecoa nas ladeiras e conquista Roma. A voz de Jau tem poder.

Menino moleque, nascido no Rio Vermelho em 27 de setembro de 1969, com a benção de São Cosme e São Damião, criado entre 14 mulheres, Jauperi Lázaro é a afirmação de que a música baiana é a música mais pop do Brasil. Suas composições, interpretadas por ele e vários artistas, ensinam a entender a nova Bahia, uma Bahia que não quer perder seu passado, mas não se admite em outro lugar que não seja o Topo do Mundo.


Em 1988, passou a integrar oficialmente o Olodum, como autor e intérprete, e faz sua primeira viagem para a Europa, onde participou dos mais importantes festivais de música como Montreux, Womad, Metisse Musique, e tocou com astros da música nacional e internacional como Paul Simon, Tracy Chapman, Joan Baez, Djavan, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso. A precocidade do menino do Rio Vermelho também se mostrou em seu primeiro trabalho profissional aos 19 anos, ao vencer, em 1989, o Festival de Música e Arte do Olodum (Femadum) com a música Olodum, sonho e profecia e carimbar seu passaporte para o mundo musical.

Um dos mais prestigiados compositores baianos da atualidade com canções gravadas pelos grandes nomes da música baiana, Jau se supera a cada projeto. Prova disto foi o sucesso meteórico da banda Afrodisíaco - que depois mudou de nome passando a se chamar Vixe Mainha -, projeto criado junto com o parceiro desde os tempos do Olodum, Pierre Onassis, em 2005.


Emprestando sua voz para projetos como a trilha sonora do filme Ó Paí, Ó (ao lado de Caetano Veloso), Jau se firma também como um cantor baiano que passeia pelo universo do cinema brasileiro, esta outra arte que avassala e surpreende o mundo...como, aliás, a voz de Jau . 


A voz de Jau tem pele, tem sangue e pulsa. Ela sangra a canção e a dor vira beleza. Uma voz que tem textura, que é líquida e chove sobre nossos rostos num dia de verão.

Jau pela primeira vez em Aracaju. Você vai perder?

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

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