Obaluaê era um menino muito desobediente.
Um dia, ele estava brincando perto de um lindo jardim
repleto de pequenas flores brancas.
Sua mãe lhe havia dito que ele não deveria pisar as flores,
mas Obaluaê desobedeceu à sua mãe e pisou as flores de propósito.
Ela não disse nada, mas quando Obaluaê deu-se conta
estava ficando com o corpo todo coberto por pequeninas flores brancas,
que foram se transformando em pústulas, bolhas horríveis.
Obaluaê ficou com muito medo.
Gritava pedindo à sua mãe que o livrasse daquela peste, a varíola.
A mãe de Obaluaê lhe disse que aquilo acontecera
como castigo porque ele havia sido desobediente,
mas ela iria ajudá-lo.
Ela pegou um punhado de pipocas e jogou no corpo dele
e, como por encanto, as feridas foram desaparecendo.
Obaluaê saiu do jardim tão bom como quando havia entrado.
[Notas Bibliográficas e Comentários]
Transcrito do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi publicado pela Cia das Letras, Pág 204. Originalmente transcrito de René Ribeiro, 1978, pp 54-5. Na maioria dos ebós usados nos candomblés para afastar doenças e diversos males regidos por Omulu, usa-se pipoca.
Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!
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