quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Oiá nasce na casa de Oxum!

Um rei tinha uma filha chamada Ala.
Ele queria casá-la com um príncipe poderoso.
No entanto, a princesa tinha um amante
e do amante ela esperava um filho.
Sabedor do fato, o rei rsolveu matá-la.
Numa barca, levou a princesa até o meio do rio,
do rio onde vivia Oxum.
Jogou a princesa no meio do rio, a casa de Oxum.
O rei tinha um papagaio que o acompanhava sempre.
O papagaio tudo presenciou.

Tempos depois, alguns pescadores
viram uma caixa boiando no rio.
Foram ver de perto e dentro tinha uma criança.
Assustaram-se com o que viram.
Temerosos, abandonaram seu achado na margem do rio.
Pelo mesmo lugar passou outra embarcação.
Seus ocupantes foram atraídos pelo choro da criança.
Os viajantes recolheram a criança
e a levaram como presente ao rei.
O rei ficou feliz com o presente
e resolveu apresentar a criança ao povo como sendo filha sua.
Ele sentia falta da filha que afogara,
sentia-se sozinho.
Deu uma festa para apresentar a nova filha que adotara.
Quando todos estavam reunidos
o papagaio contou-lhes acerca de todo o sucedido.
Disse que a menina havia nascido na casa de Oxum.
Portanto, deveriam devolvê-la ao rio.
O rei então se deu conta de que a menina era sua neta
e devolveu-a ao rio onde nascera.
A criança cresceu protegida por Oxum.
Essa menina era Oiá.

[Notas Bibliográficas e Comentários]

Transcrito do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi publicado pela Cia das Letras, Págs 295-6. Originalmente transcrito de Lydia Cabrera, 1980, pp. 81-2.

Axé a todos os nossos irmãos!
Deus é tudo acima de todas as coisas!
Olorum Colofé!

Um comentário:

  1. ìyá, ìyá, mo ní ng ó mà je ígbè oya.


    eparreiii!!!
    oiá!!

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